[ Por Jean Alves, professor do Sesi no Amapá ]
Outro dia, recebemos a seguinte mensagem de Fabio Nazareno, pai de dois de nossos pequenos alunos, Lucca e Davi: “No início, tínhamos um pouco de receio. Com o tempo, vimos que o Jiu-Jitsu foi uma das melhores coisas que fizemos pelos nossos filhos”.
O receio era compreensível. Afinal, o ensino do Jiu-Jitsu para alunos especiais é uma tarefa complexa que começa com a conquista da confiança para que ele permita que o instrutor entre no mundo deles.
Ganhando a confiança, o professor inicia o trabalho de coordenação motora e psicomotricidade, para que eles comecem a se conhecer para entender e respeitar seus limites.
O Jiu-Jitsu então começa a ser apresentado de maneira lúdica, com brincadeiras… Aos poucos vamos adentrando nos conceitos básicos e na defesa pessoal. Com a base estabelecida, já dá para trabalhar o Jiu-Jitsu completo e técnicas esportivas.
O pequeno Davi (foto acima), que tem síndrome de Down, treina há três anos e evoluiu em todos os aspectos da vida (coordenação motora, interação social, disciplina e foco). De acordo com o pai, Davi depois de vestir o kimono viu sua vida se transformar, não só nos tatames mas também em casa e no colégio.
A presença de alunos especiais é um presente para todos, pois nos ensina a lidar com a diversidade, derrubando todo e qualquer preconceito.
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