Matheus Aguiar, de 21 anos, tem se destacado no circuito competitivo nos Estados Unidos. Faixa-marrom do professor Ulpiano Malachias, Matheus representa a Gracie Barra Westchase, sediada no Texas. Ele deixou a cidade de São Bernardo do Campo em 2022 a fim de alcançar o sonho de viver em prol do Jiu-Jitsu e tornar-se destaque na modalidade. “Quero testar o meu Jiu-Jitsu no mais alto nível contra os melhores do esporte. Desde que comecei a treinar, sonho em mostrar ao mundo o que sou capaz de fazer”, afirmou Matheus.
Matheus porta no currículo dois vices em Mundiais e um bronze no Brasileiro nos tempos de juvenil quando estava na faixa-azul. Desde que desembarcou nos Estados Unidos, o faixa-marrom faturou o ouro nos Opens de Houston, Austin, Waco e Dallas, ambos organizados pela IBJJF. Ele também venceu uma luta casada de grappling ao finalizar o adversário com um armlock voador, no evento Elevate Submission Series.
Matheus Aguiar conversou com a equipe do GRACIEMAG.com e abordou os desafios de viver do Jiu-Jitsu no exterior, as lições que aprendeu no Jiu-Jitsu e os próximos objetivos no esporte.
GRACIEMAG: Como começou sua história no Jiu-Jitsu?
MATHEUS AGUIAR: Eu tinha um estilo de vida sedentário na adolescência em São Paulo, e estava acima do peso. Tudo mudou aos meus 12 anos, quando meus pais conheceram a academia Octógono, em São Bernardo do Campo. Fui convidado a fazer uma aula experimental e me apaixonei pelo Jiu-Jitsu neste primeiro contato. Daí em diante, passei a treinar diariamente para me dedicar ao esporte.
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Quais são os maiores desafios de viver do Jiu-Jitsu no exterior?
As adversidades mais marcantes são a mudança de cultura e círculo social. No início, o idioma era uma barreira, mas a prática minimizou esta questão, especialmente porque dava aulas de Jiu-Jitsu em inglês. O maior desafio é recomeçar a vida num ambiente novo. Ainda assim, é uma ótima oportunidade para crescer profissionalmente e foi a melhor decisão que poderia ter tomado para a minha carreira.
Qual foi a competição mais marcante até aqui?
Com certeza, foi o Mundial 2017. Aquele ano como um todo foi especial para mim. Foi minha estreia no juvenil e obtive resultados expressivos, apesar de representar uma equipe que não era voltada às competições. Após ficar em segundo lugar no Brasileiro, decidi lutar no exterior pela primeira vez. Foi uma imensa batalha para tornar este sonho realidade. Enfrentei oponentes duros, fui vice na categoria e fiquei em terceiro no absoluto. Embora não tenha conquistado o ouro, jamais esquecerei este dia.
Quais foram as lições mais importantes que o Jiu-Jitsu ensinou?
A lição mais importante é a de sempre manter a mente inabalável. Por meio do empenho nos treinos e, principalmente, nas competições, é inevitável lidar com vitórias e derrotas durante a jornada. Entretanto, a filosofia do Jiu-Jitsu e a disciplina conquistada no tatame me ensinam a ser resiliente e não desistir frente aos obstáculos.
O que move você a competir?
Quero testar o meu Jiu-Jitsu no mais alto nível contra os melhores do esporte. Desde que comecei a treinar, sonho em mostrar ao mundo o que sou capaz de fazer. Então não vou parar de buscar evolução, pretendo criar o meu próprio legado na história da arte suave.
Quais são os seus próximos objetivos?
Estou focado na preparação para o Pan, Brasileiro e Mundial, ambos são campeonatos de altíssimo nível e estou focado em alcançar o lugar mais alto do pódio, além de conseguir fortalecer o meu nome para começar a minha carreira na faixa-preta com o pé direito.
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