Alimento energético preferido dos praticantes de Jiu-Jitsu, o açaí se tornou uma febre entre atletas e não atletas. Com seu sabor único e propriedades benéficas à saúde, a frutinha originária do norte do Brasil conquistou adeptos no mundo inteiro. Contudo, o preparo correto da iguaria pode ser a chave entre consumir uma refeição de qualidade ou um verdadeiro misto de substâncias que podem prejudicar o seu rendimento.
Para elucidar as diferenças entre “remédio” e “veneno” do famoso açaí tão venerado pelos Gracie há décadas, consultamos a nutróloga Danielle Machado, que esteve em recente passagem pelas terras amazônicas e destrinchou um pouco das propriedades da fruta.
“O açaí é rico em antocianinas, um pigmento arroxeado com grande capacidade antioxidante que atua no combate ao envelhecimento e na prevenção de alguns tipos de câncer. Além disso, o açaí possui boa quantidade de ômega 6, ômega 9, ácido oleico, vitaminas B1, B2 , C e E, ferro, magnésio, cálcio e potássio além de proteínas, fibras e carboidratos. Ou seja, um alimento completo”, ressalta a médica.
Danielle explicou ainda os benefícios diretos do açaí ao ser consumido com regularidade pelo competidor do Jiu-Jitsu. Se o lutador não peca pelo excesso ou se entope de suco (uma tigela por dia é suficiente para saciar, em média), está no caminho certo:
“As propriedades do açaí auxiliam na perda de peso, previnem câimbras, atuam como anti-inflamatório natural, importantíssimo para atletas de alto rendimento, além de ser uma excelente fonte de energia.”
Porém, a nutróloga alertou sobre a maneira de preparo do açaí, como é comumente visto em lojas de sucos, e deu sua receita para tornar ainda mais valioso o lanche com a fruta.
“O consumidor tem de estar atento às formas de comercialização do açaí, pois o xarope de guaraná, que normalmente é adicionado à fruta, aumenta em cerca de 93 calorias por colher de sopa do preparado. Como o xarope de guaraná aumenta muito o índice glicêmico e consequentemente os níveis de insulina no organismo, esse açúcar em excesso tende a ser armazenado na forma de gordura e o indivíduo pode até desenvolver diabetes em certos casos. Isso sem falar de outros casos, nos quais os estabelecimentos comercializam o açaí com caldas, chocolates, balas, paçocas e biscoitos tornando ainda maior a concentração de açúcares”, ela explica.
“Na região amazônica, ele é consumido com farinha pela população ribeirinha. Mas para o nosso paladar regional, uma opção é bater no liquidificador uma polpa de açaí orgânico, uma banana congelada, 50 ml de água de coco e uma colher de sopa de aveia, para um nutritivo e eficiente pré-treino natural”, completa Danielle.
Vale, por fim, evitar o consumo do açaí vendido embalado como sorvete, se o consumidor verificar no rótulo a presença de gordura hidrogenada, substância que também aparece nos sorvetes e é maléfica para o nosso organismo.
Adoçar o seu delicioso suco com xarope de guaraná é outra forma de transformar o açaí em vilão. Opte pelas formas clássicas da família Gracie para adoçar e acompanhar o bom e velho açaí: tâmaras, mel ou suco de maçã.
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