Eduardo Osório deixou de frequentar a academia de Jiu-Jitsu aos 20 e poucos anos, após um bonito namoro com a arte suave. Os treinos com Dedé Pederneiras eram excelentes, mas o trabalho começou a ficar no caminho, e ele foi se afastando aos poucos até parar de vez, aquela história de sempre.
Abriu sua empresa, a filha Luiza nasceu e o estresse um dia passou a subir a picos indesejáveis. Após enfrentar duas horas e meia de trânsito para casa, com a mente a ponto de sair fumacinha, decidiu com a esposa: era hora de procurar ajuda profissional.
E foi à terapeuta.
Na primeira conversa com a especialista, em 2014, a terapeuta Olívia observou a orelha ainda inchadinha de Dudu e perguntou: “Você pratica algum esporte? Quem sabe uma arte marcial?”
Ele contou que estava parado havia uns 18 anos, fazendo apenas musculação, mas que já gostara muito. “É disso que você necessita. É simples o seu caso: você precisa retornar aos tatames”, a especialista indicou. “Será a válvula de escape ideal para o seu estresse, e vai funcionar melhor do que qualquer tratamento que fizermos aqui no consultório.”
Osório arrumou sua rotina, arranjou tempo e se matriculou numa escola perto de casa, no Humaitá. “Na verdade descobri num papo com amigos, totalmente por acaso, que havia uma academia de Jiu-Jitsu embaixo do meu prédio!”, ele ri. “Na correria diária, eu passava por lá e nem via.” Pois é, muitas vezes a solução dos problemas está mais perto do que a gente pensa.
“Hoje sei que não vou parar nunca mais de treinar”, reconhece, grato pelo melhor conselho que já recebeu. “Vejo a diferença nitidamente entre a semana em que treino Jiu-Jitsu e a semana em que não consigo ir. Com o Jiu-Jitsu eu trabalho com mais lucidez, me relaciono melhor com os clientes, tudo flui melhor. A cabeça da gente trabalha em outra sintonia, é incrível.”
Hoje, o faixa-roxa Eduardo treina com a filhota de 7 anos na academia, e ainda procura ajudar seus professores Tuca e Tadeu nas aulas infantis. E, quando em casa ele começa a se estressar, a esposa Adriana já sabe o que sugerir: “É melhor você ir treinar Jiu-Jitsu!”.
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