07 janeiro 2019

O papel social da mulher lutadora, por Cleiber Maia

Texto: Cleiber Maia

Em algum momento da vida a mulher pode querer assumir o papel da guerreira, que na mitologia grega é representado pelo arquétipo de Atena, deusa das civilizações, das estratégias, cheia de diplomacia e artimanhas.

Esse momento acontece para que ela possa harmonizar conflitos mais urgentes presentes em seu núcleo social. Poderíamos dizer que é como se fosse um chamado interior onde, a partir de então, inconscientemente começa a buscar recursos para se preparar para tal missão. Nessa busca, o aumento do interesse pelas artes marciais é coerente e conveniente.

No entanto, a vida em sociedade é complexa e existem outras demandas conflituosas a serem atendidas. Para cada uma delas, a mitologia grega identificou uma Deusa que assume um papel social de forma especial, por exemplo:

• Afrodite – Áurea deusa do amor
• Deusa Deméter – Mãe de todos nós
• Perséfone – Deusa da Primavera e Rainha do Submundo. Muito associada ao esoterismo.
• Deusa Hera – Rainha e companheira no poder. Imagine os conflitos internos que mulheres como Lady Di, Jackeline *
• Kennedy e Evita Perón tiveram que administrar para acompanhar seus maridos, por exemplo.
• Ártemis – Deusa grega ligada à vida selvagem e à caça. Naturalmente bela e vigorosa.

O problema é quando uma mulher começa a querer assumir vários papéis ao mesmo tempo, gerando um conflito interno praticamente impossível de ser administrado, principalmente quando a referência do que se sente conflita com o que a sociedade espera que ela seja ou faça.

A luta é um exercício que nos faz refletir sobre nossas limitações e como saber lidar com conflitos. O Jiu-Jitsu, em especial, por ser a única arte marcial que prepara para lidar com qualquer situação de combate seja lá qual for a sua limitação, traz uma condição de autoestima privilegiada. No Jiu-Jitsu aprendemos a dar limite a relações abusivas e nos sentimos capazes de impedir que alguém nos exija fazer algo que seja inadequado aos nossos valores, aos nossos princípios e à nossa missão.

Por isso, estarei ministrando um workshop com o tema: “Pedagogia do Jiu-Jitsu feminino”, este a ser realizado no dia 19 de janeiro, no Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro, e alguns dos temas abordados serão:

• O Jiu-Jitsu que você pratica te prepara para lidar com suas limitações pessoais e seus conflitos sociais?

• Você conseguiria lidar com tantas demandas sociais diferentes e mudar suas prioridades de vida sem abandonar o Jiu-Jitsu?

Para saber sobre inscrições e regulamento, clique aqui.

SERVIÇO:

Evento: Workshop de Pedagogia do Jiu-Jitsu feminino
Data: 19 de janeiro de 2019
Hora: 10h às 14h
Local: Estrada da Gavea Pequena, 915 – Alto da Boa Vista – RJ
Inscrições: https://soucompetidor.com.br/pt-br/eventos/todos-os-eventos/p891-workshop-de-pedagogia-do-jiu-jitsu-2019-edicao/

*Cleiber Maia é faixa-preta de Jiu-Jitsu e líder da equipe LPM Jiu-Jitsu, em Laranjeiras, Rio de Janeiro.



http://bit.ly/2Qunr2z

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